Os fãs de automóveis brasileiros e, em especial os apaixonados pelo Volkswagen Sedan, ou mais conhecido por Fusca, comemoram o 20 de janeiro todos os anos.
Isso porque, nesta data, em 1959, iniciava oficialmente a produção no Brasil do carro tão queridinho por muitos. Mas a história do Fusca antecede alguns anos.
Tudo começou na Alemanha com um projeto idealizado pelo engenheiro austríaco Ferdinand Porsche na década de 30. Ele recebeu apoio de Adolf Hitler para desenvolver um carro compacto e econômico para o povo alemão.
Foi então que em junho de 1934, Porsche assinou um contrato com o governo alemão para o desenvolvimento do que iria se tornar o VW Fusca atualmente, porém conhecido na época por Volkswagen Typ 1.
Mas para que esse projeto saísse do papel, Adolf Hitler impôs algumas exigências: o Fusca precisaria ser barato, que levasse quatro passageiros e fizesse uma média de pelo menos 13 km/l de gasolina.
Início da Segunda Guerra Mundial
A partir de 1939, empregando a mesma plataforma do Fusca, os alemães criaram veículos militares que foram utilizados nos campos de batalha da época. Por conta disso, a produção do Fusca foi interrompida e retomada somente em 1945.
A fábrica da Volkswagen foi requisitada após o início dos primeiros conflitos. Com isso, o governo solicitou a Ferdinand Porsche a construção de um veículo militar desenvolvido, foi então que surgiu o jipe Kübelwagen.
A produção começou em 1940. Foram mais de 55 mil unidades feitas que atuaram com sucesso na ofensiva alemã, da Rússia ao deserto do Líbano.
Com o fim da guerra, em 1945, a fabricação do Fusca foi retomada lentamente pelas mãos do major inglês Ivan Hirst, porém dessa vez para uso civil, batizado como Volkswagen Sedan. A autonomia da produção só foi devolvida aos alemães em 1950.
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Fusca no Brasil
Ele começou a ser fabricado no Brasil em 1950, quando as primeiras unidades chegaram desmontadas da Alemanha. Os Fuscas começaram a ser montados pela Brasmotor e seu primeiro modelo importado tinha o vidro traseiro dividido em dois.
Três anos depois, a Volkswagem se estabeleceu no Brasil, onde começou a ser fabricado em São Bernardo do Campo. Mas foi somente em 3 de janeiro de 1959 que iniciou de fato a produção do Fusca com peças nacionais.
Nesta época, Juscelino Kubitschek, eleito presidente em 1956 já falava no projeto ambicioso de crescer “50 anos em 5”. E, inclusive, incentivou a produção de automóveis.
Quando a Volkswagen oficialmente lançou o primeiro Fusca com montagem no Brasil, JK aproveitou a fama de pai da indústria automobilística brasileira e desfilou a bordo do carro.
Evolução do Fusca no Brasil
Como todo carro, os aprimoramentos são feitos com o passar dos anos e as implementações das tecnologias também. Com o Fusca não foi diferente.
Em 1967, o Fusca adotou um motor de 1.300 cilindradas. O vidro traseiro ficou maior e também foi o fim do sistema elétrico de 6 volts para 12V.
O novo motor 1.500 cilindradas de 52cv chegou em 1970. Foi nesta época que também foi mudada a tampa do motor, a tampa do porta-malas e a do para-choques.
O Fusca 1600-S com carburação dupla e 65 cv foi lançado em 1975. Ele também trazia volante de direção esportiva de três raios, rodas aro 14 e painel com marcador de temperatura e relógio.
Em 1984 o motor 1.300 cilindradas deixou de ser produzido. Passou a ser produzido um novo motor de 1.600 cilindradas, além de contar com freios a disco na dianteira. A lanterna modelo Fafá passou a ser padrão para todos os modelos.
No ano de 1986 a Volkswagen parou de fabricar o Fusca, alegando que era um modelo muito obsoleto, apesar de ser o segundo carro mais vendido daquela época, atrás apenas do Chevrolet Monza.
Em 1993 a empresa voltou a fabricar o modelo, mas três anos depois a empresa deixou de produzir novamente o carro, com uma série especial denominada Série Ouro.
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Curiosidades do Fusca
1 – O primogênito do Fusca fabricado no Brasil foi vendido por Cr$ 471.200 ao empresário paulistano Eduardo Andrea Matarazzo, filho do conde Francisco Matarazzo Júnior – admirador de automóveis e aviões.
2 – O modelo do Fusca passou por 1.027 mudanças estéticas e mecânicas entre os anos de 1950 à 1960. Uma das mais memoráveis foi a chegada com o vidro traseiro dividido em duas partes. Depois, em 1953, o Fusca trazia vidro traseiro em formato oval e inteiriço. Só em 1959 que o ele passou a ter um vidro traseiro com formato retangular.
3 – O Fusca tinha nomes diferentes em mais de 40 países. Entre eles, os mais conhecidos são o Beetle (Inglaterra e Estados Unidos), Käfer (Alemanha), Maggiolino (Itália), Vocho (México), Coccinelle (França), Escarabajo (Espanha) e Bug (Estados Unidos).
4 – Em 1960, data de inauguração de Brasília, o Fusca era um dos principais veículos disponíveis para táxi. Eles eram chamados de táxis-mirins. Em 1966, já havia cerca de 350 táxis Fusca rodando pelas ruas da capital federal.
5 – O auge do Fusca no Brasil foi entre 1972 e 1974. Em 1972, foram comercializadas 223.453 unidades no mercado interno, mais 6.142 exportadas. Em 1974, o recorde: 237.323 unidades produzidas, incluindo exportações.
6 – Em 1985, a Volkswagen vendeu cerca de 5.000 motores de Fusca para quase 70 empresas em diferentes ramos de aplicações, que ia desde empilhadeiras, máquinas de varrer ruas, ultra-leves, girocópteros, veículos anfíbios até barcos.
7 – Em 1986 o Fusca parou de ser fabricado. Porém, em 1993, a pedido do então presidente da República, Itamar Franco, o carro voltou a ser produzido, em uma versão movida exclusivamente a etanol. O fim da fabricação ocorreu em 1996.
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